quinta-feira, 31 de maio, BRUNEI
Cristãos se arriscam quando escolhem compartilhar sua fé.
Eles se esforçam quando um muçulmano de Brunei é sincero em perguntar algo sobre Jesus Cristo.
Por favor, os ajude em oração para que eles encontrem coragem e sabedoria para compartilhar a fé com outros.
BRUNEI
Brunei é formado por uma estreita faixa litorânea e um interior
montanhoso, localizado a noroeste da ilha de Bornéu. Densos pântanos e
clima úmido marcam a região. Grande parte do interior é coberta por
florestas tropicais.
População
O território de Brunei
consiste de duas partes sem ligação. Um total de 97% da população vive
na parte maior, a ocidental, enquanto que só dez mil pessoas vivem na
parte leste, montanhosa, que constitui o distrito de Temburong. As
cidades principais são a capital, Bandarn Seri Begawan (em torno de 45
mil habitantes), a cidade portuária de Muara e Seria.
O país tem
cerca de 380 mil habitantes, dos quais 66% são malaios e 11% são
chineses. Menos de um terço tem idade inferior a 15 anos. Mais de 77% da
população vive em áreas urbanas e o restante em vilarejos no interior.
Dois
terços da população é muçulmana e há minorias budistas, hinduístas e de
outras religiões asiáticas. A fé islâmica continua a invadir estas
minorias de forma significativa, obtendo um fluxo anual constante de
novos convertidos.
História e governo
Em 1425, o líder
hindu de Brunei, Awang Alak Betatar, converteu-se ao islamismo e
convidou mestres árabes para iniciar um trabalho missionário no país.
Entre os séculos XV e XVII, Brunei foi o centro de um poderoso sultanato
que compreendia Sabah, Sarawak e o sul das Filipinas. Esse mesmo
sultanato governa o país até hoje, seis séculos depois.
O atual
sultão bruneano representa a continuidade de uma das mais antigas
dinastias do mundo. Por volta do século XIX, o império de Brunei entrou
em declínio devido às guerras, à pirataria e à expansão colonial das
forças europeias.
Em 1888, o sultanato tornou-se protetorado
britânico. Dezoito anos mais tarde foi instituído o Sistema Residencial,
ou seja, um residente britânico aconselhava o sultão em todos os
assuntos, com exceção daqueles relacionados aos costumes e tradições
malaios e à religião islâmica.
Um acordo em 1959 permitiu que a
primeira Constituição fosse outorgada e desse a Brunei um governo
próprio. Doze anos depois, o acordo foi revisado e corrigido,
propiciando ao país uma total autonomia interna que apenas não abrangia
as questões militares e as relações exteriores. Em janeiro de 1984, o
país obteve independência total do Reino Unido.
Hoje, Brunei é
governado por um sultão que exerce seu poder mediante decretos. A
cultura política encoraja uma submissão silenciosa a suas decisões. O
povo é amplamente recompensado com centros de recreação e serviços de
saúde e educação completamente gratuitos, além do acesso a empréstimos
de juros baixíssimos e alta renda per capita.
Não obstante os
modernos e suntuosos edifícios públicos, a maior parte do país permanece
subdesenvolvida, inexplorada e intocada pelo mundo exterior. A economia
é completamente dependente da exploração de petróleo e gás natural.
A Igreja
Os
cristãos somam cerca 3% da população. O anglicanismo e o catolicismo
correspondem aos dois maiores grupos cristãos. Em sua maioria, os
cristãos são chineses ou indianos, havendo poucos bruneanos convertidos.
Muitos destes cristãos são estrangeiros que trabalham para as
companhias de petróleo. Apesar das restrições, a Igreja mantém um
ministério ativo por meio de reuniões, acampamentos e disseminação de
literatura cristã.
A Ordem das Sociedades de 2005 exige que todas
as organizações religiosas se registrem, exceto os sunitas. A ordem
também requer que as organizações deem o nome de todos os seus membros.
Há apenas sete igrejas cristãs registradas no país.
A perseguição
De
acordo com a Constituição do país, o islamismo é a religião oficial e o
sultão é o líder religioso. O direito à liberdade de culto é assegurado
para outras religiões, porém, na prática, qualquer forma de evangelismo
ou divulgação é proibida. O governo proibiu a importação de materiais
de ensino religiosos, ou livros sagrados como a Bíblia, e negou
permissão para a criação ou construção de igrejas, templos ou
santuários. Ao mesmo tempo, a maioria dos padres e freiras católicos foi
expulsa e nenhum cristão professa publicamente a sua fé. Os cristãos
preferem manter-se no anonimato, temendo por suas vidas.
Um
cristão que vive em Brunei escreveu: "Podemos ser cristãos desde que
fiquemos dentro dos limites. Podemos evangelizar nossa própria tribo,
mas nunca os muçulmanos. Em 1993, alguns turistas coreanos fizeram uma
tentativa de evangelização pública, cantando nas ruas, e foram detidos
por uma noite.
Desde 1992, o controle sobre as atividades cristãs
intensificou-se. Quando cristãos de um país vizinho tentaram enviar
material cristão pelo correio, os destinatários foram interrogados pela
polícia e os livros foram confiscados.
Uma denominação pretendia
construir casas para abrigar duas novas congregações, mas o governo não
deu permissão para construir mais nenhuma igreja. As duas novas
congregações tiveram de continuar suas reuniões nos lares. Em outro
acontecimento, uma igreja queria ampliar seu próprio edifício, mas as
autoridades vieram e derrubaram a nova ala, ordenando que a igreja
mantivesse sua área original. Ela optou, então, por uma ampliação
vertical, construindo mais andares sobre a área original.
É
provável que as restrições ao cristianismo se intensifiquem. O governo
sabe que o número de cristãos está crescendo e tenta impedir esta
tendência. O governo também está empreendendo uma cruzada islâmica, com
algum sucesso entre a população jovem. Para se candidatar a certos
empregos, a pessoa deve converter-se ao islamismo primeiro. Nos locais
de trabalho, os muçulmanos também procuram converter seus colegas
cristãos e não-muçulmanos.
O que podemos fazer nessa situação?
Podemos orar. Cerca de dois anos atrás, o Senhor revelou a localização
de uma caverna a certo irmão de um grupo intercessor. Seguindo a
orientação do Senhor, essa pessoa liderou uma pequena expedição para o
lugar. Então, no alto de uma pequena colina aquele grupo encontrou uma
caverna, mas ficou desapontado com o tamanho. O Senhor, no entanto, lhes
disse que havia um buraco maior no interior. Com alguns explosivos,
eles abriram a pequena entrada e realmente encontraram uma caverna de
tamanho considerável. Desde então, cerca de 20 cristãos vão ao local
regularmente para jejuar e orar durante a noite. "Lá podemos chorar e
orar ao Senhor em alta voz sem que outras pessoas nos escutem. É muito
mais seguro do que nos demais locais".
"Na caverna da oração, nós
oramos pela salvação de mais pessoas. Há profecias que relatam a ida de
Brunei a Cristo. Nós acreditamos que um dia isso acontecerá. Oramos
pelo governo e, em especial, pelo nosso governante, acreditando que Deus
realizará um milagre em seu coração. Pedimos aos cristãos de outros
países que permaneçam em oração conosco. Orem para que cresçamos
fortalecidos na fé, apesar da perseguição, e que Deus opere grandemente
entre nós. O nome completo de nosso país é Negara Brunei Darussalam. A
última palavra, darussalam, significa "habitação da paz", uma variação
de shalom. Temos esperança que algum dia nosso país seja realmente a
habitação da paz de Deus".
Motivos de oração
1. A Igreja
sofre com a proibição de suas atividades. Ore para que o governo
realmente assegure a liberdade religiosa e suspenda as proibições
relacionadas ao culto e à evangelização. Peça que o governo abrande sua
posição e permita que os feriados cristãos sejam celebrados pelos
estrangeiros residentes no país.
2. Missionários oficiais não são
permitidos no Brunei. Ore para que estrangeiros cristãos presentes em
Brunei encontrem oportunidades de compartilhar o evangelho com o povo, e
que o número de convertidos bruneanos cresça.
3. A população
encontra-se em excelente situação socioeconômica devido aos subsídios
governamentais. Ore a Deus para que os bruneanos percebam seu vazio
espiritual e a necessidade de Jesus Cristo mesmo em meio à opulência
material. Peça que ocorra um crescente desejo espiritual que os leve a
procurar os cristãos.
Fonte: www.portasabertas.org.br
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